Semana Pedagógica da FESP 2024 – Foto por Larissa Moutinho | Agência de Comunicação ACCIO.

Por Larissa Moutinho e Gabrielle Cordovi | Agência de Comunicação ACCIO. 

A noite de segunda-feira (29/07) começou com um delicioso buffet de sopas servido no hall do auditório. Após a recepção e confraternização, o grupo seguiu para o auditório para as atrações da primeira noite da semana de acolhida. Após a mensagem de boas-vindas do Dr. Marcos Schlemm, Diretor-Presidente da FESP, e de Lilian Luitz, Diretora Acadêmica e Diretora Executiva da FESP, o grupo de professores e colaboradores da FESP conferiu um vídeo representativo dos principais acontecimentos do primeiro semestre. 

Na sequência, foi a vez da coordenadora de pós-graduação Edna Luiza Percegona apresentar o maestro Carlos Domingues, que chamou ao palco os quatro músicos que integram a Orquestra Sinfônica de Curitiba para uma apresentação de quatro músicas especialmente selecionadas para a noite. 

Após a apresentação, o Presidente do Conselho da FESP, Rodrigo Rocha Loures e Marcos Schlemm subiram ao palco para um bate-papo com os professores. Contaram um pouco mais sobre as estratégias para a nova gestão da FESP e a visão ligada à sustentabilidade e formação dos alunos. Na sequência, os coordenadores Jéssica Souza, Bruno Harker e Sérgio Filipe Chaerki agradeceram pelo novo momento, pela transparência, garra e união que sentem na nova gestão. 

O Professor Renato Bueno por sua vez, ressaltou as parcerias da instituição, entre elas a mais recente firmada com a multinacional SAP, para uma oportunidade exclusiva para alunos da FESP, que será divulgada muito em breve aos acadêmicos. Ele agradeceu por todo o apoio que recebeu no momento de transição de diretoria e ressaltou colaboradores e parceiros nessa jornada. 

Por fim, o Dr. Flavio Bortolozzi, que dentre suas experiências acadêmicas foi Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da PUCPR e da UniCesumar, realizou uma ampla palestra sobre Inteligência Artificial. Dentre os pontos abordados, destacou o quanto a tecnologia está presente em nosso dia a dia e o quanto pode acelerar a forma de aprofundar o ensino.  

Bortolozzi também comentou sobre a oportunidade que a FESP tem, justamente pelo momento de nova gestão e pela sinergia entre corpo docente, de ser protagonista no uso de ferramentas de inteligência artificial no ensino.  

“Formar alunos críticos que saibam separar o joio do trigo”

Palestrante discorre sobre formar cidadãos críticos. Foto por Larissa Moutinho | Agência de Comunicação ACCIO.

As ferramentas de inteligência artificial (IA) ganham cada dia mais notoriedade nos mais diversos âmbitos sociais e profissionais, e na educação não poderia ser diferente. No entanto, há um empecilho: convencer os docentes do seu uso tanto no processo de aprendizado quanto no de avaliação. 

Na concepção do Dr. Flávio Bortolozzi, o profissional fica estancado quando adentra o mercado de trabalho por falta de conhecimento de como manipular a máquina para benefício do trabalho que executa. Ele enfatiza a necessidade de os professores serem peças fundamentais no processo de formar profissionais críticos que saibam “separar o joio do trigo”. 

“Nós, professores, devemos parar de formar alunos que decoram o conteúdo para, no final, obter uma nota. Quando adentra o mercado de trabalho, o profissional fica estancado. Você tem que tentar formar pessoas que sejam efetivamente proativas”, salientou durante a palestra no primeiro dia da Semana Pedagógica da FESP.  

Ele ensinou os docentes a como dominar a máquina fazendo as perguntas certas e, consequentemente, gerando as respostas mais assertivas. O primeiro passo é ter o domínio da língua portuguesa. Em seguida, apresentar o contexto em que isso está inserido para, por fim, obter o resultado mais coerente possível.  

Durante o encontro, o palestrante ressaltou que a ferramenta não é 100% precisa e que necessita do conhecimento aprofundado do profissional para detectar os possíveis erros.  

Segundo apontou o professor, o segredo está em saber como se comunicar com a IA. Para isso, ele incentivou os professores a trabalharem com a IA no ambiente acadêmico para realizar o plano de ensino da disciplina. Há outras formas também, como: 

  • Suporte acadêmico e tutoria, trabalhando com resoluções de dúvidas; 
  • Os tópicos trabalhados em sala de aula podem ser aprofundados a partir da máquina; 
  • Pode trabalhar uma adaptação de estilos de aprendizagem. Alguns alunos optam por vídeo, outros por imagem, e ainda há os que desejam aprender por meio de textos; 
  • Estímulo à criatividade para pedir auxílio para ter um insight; 
  • Responsabilidade de referenciar a coautoria. 

Mesmo apontando os pontos positivos da ferramenta, o prof. Flávio foi enfático sobre o quanto se deve instigar o aluno a buscar a veracidade da informação fornecida pela IA.  

“Se o aluno se acostumar a colocar tudo que tem de resposta, haverá um retrocesso de pensar por si mesmo. Jamais a máquina substituirá a relação humana”, concluiu.