No dia 11 de junho de 2018, no período da manhã, alunos e alunas do curso de Direito da FESP, visitaram a Unidade Feminina do Complexo Penitenciário Central do Estado, localizada em Piraquara. Organizado pela vice-presidente do DAJAP – Diretório Acadêmico Joaquim de Almeida Peixoto, Brenda Lima, a atividade contou com a participação de 23 alunas e alunos, que foram guiados pelo diretor da unidade, Marcos Muller, e pelas agentes Fabiana Mafra e Mauriane Scrobot.

Divididos em 2 grupos, os alunas e alunos conheceram a rotina de trabalho de algumas detentas, além da estrutura fornecida pela unidade penitenciária: salas de estudos – onde uma pedagoga faz o acompanhamento com material do CEBEJA e livros fornecidos pela Biblioteca Pública ; sala de informática; ainda, o espaço para tomar sol; alas de atendimento para contato com defensores;  local atendimento médico; e a creche, que atende aos bebês de até 6 meses com suas mães, trabalho coordenado pelo Grupo Marista em colaboração ao Estado do Paraná. A iniciativa permite que as crianças tenham auxílio ao desenvolvimento da primeiríssima infância e as mães tem contato direto e acompanham tudo 24h – menos as saídas para consulta médica, que quem acompanha o bebe é a enfermeira do grupo marista).

Para a vice-presidente do Dajap e aluna do curso de Direito da FESP, Brenda Lima, “ esse contato dos alunos e alunas com o sistema penitenciário é muito importante, pois é um encontro com um universo estudado em sala de aula, o que permite a quem participa uma formação mais ampla, que possibilita visualizar algumas teorias na prática e ajuda a formar um profissional mais completo”.

A aluna Heloisa K. também participou da atividade, que proporcionou sua primeira visita a um presídio. “Ter acesso à essa realidade logo no primeiro período do curso é muito importante, pois sei que a partir de agora irei olhar para as matérias e realidades apresentadas em sala de aula de maneira diferente. Aparentemente, as mulheres e crianças são muito bem tratadas e, principalmente as presas, ganham um tratamento humano, onde a dignidade é respeitada e levada a sério. Porém, a maior dúvida que tivemos durante a visita é até que ponto essa impressão é real ou se trata de uma ‘maquiagem’. Mas independente dessa dúvida, foi uma experiência sensacional, que nos fez sentir emoção e surpresa. Agradeço ao DAJAP por ter me oferecido a oportunidade de viver isso”.

Os alunos promoveram arrecadação de itens de higiene pessoal, entregues durante a visita.