Palestrante Emanuel Melo baseia a abordagem clínico comportamental nos trabalhos de Irving Kirsch. E Ana Vitória Sanches de Camargo revela a importância de contemplar o sofrimento para encontrar formas de lidar melhor com as próprias emoções
O curso de Psicologia teve a honra de receber o analista comportamental Emanuel Melo, na noite de segunda-feira (13), para ministrar palestra na Semana Acadêmica da FESP. O encontro propiciou aos estudantes o conhecimento da abordagem clínico comportamental, tendo como referencial teórico o estudioso Irving Kirsch.
A habilidade social é uma ferramenta que, segundo o psicólogo, pode trazer resultados positivos em diversos âmbitos do indivíduo, como o pessoal, social, familiar, profissional e acadêmico. Esta troca de conhecimentos despertou o interesse dos participantes em adotar novos comportamentos que possam gerar relacionamentos saudáveis com os demais.
“Aprender a ouvir o outro. Aprender a se expressar. Saber fazer uma escuta atenta e não punitiva. Saber que tudo é possível para aquele que acredita naquilo que está fazendo. Precisa conhecer, antes de mais nada, a si mesmo”, orientou.
Autor das obras “Pais e Filhos, construindo e desenvolvendo relacionamentos saudáveis” e “Perdas e estratégias de sobrevivência”, o psicólogo Emanuel Melo baseia os seus estudos em renomados autores que se dedicam a entender a inteligência emocional, a psicologia da aceitação e a abordagem comportamental.
Dentre os nomes presentes que sustentam a pesquisa do palestrante, estão: Irving Kirsch, na abordagem comportamental; Vicente Caballo, com foco nas habilidades sociais; e Daniel Goleman, um dos principais estudiosos da inteligência emocional.
Uma breve introdução à Terapia de Aceitação e Compromisso
A palestrante Ana Vitória Sanches de Camargo explicou o significado da Terapia de Aceitação e Compromisso, mais conhecida na sigla ACT, é uma vertente da análise do comportamento. É uma técnica explorada na clínica, mas que pode estar presente em outros contextos, como o ambiente organizacional.
Para compreender a ACT, modelo de intervenção psicológica que tem o foco nas experiências que estão fora do controle humano e no compromisso em encontrar mecanismos para driblar esse sofrimento, usa como base a Teoria Hexaflex para a flexibilidade psicológica do paciente.
O Hexaflex está alicerçado em seis pilares:
- Aceitação.
- Valores.
- Ação comprometida.
- Atenção flexível ao momento presente.
- Desfusão.
- Self.
“As pessoas não conseguem viver sem o sofrimento. Elas podem se esquivar, mas ele existe. Recomendo contemplar o próprio sofrimento”, apontou a palestrante, com base na teoria Hexaflex.