Marcos Dybas da Natividade, também fundador da empresa Delta Etiquetas, compartilhou os principais gargalos da indústria, principalmente a falta de mão de obra básica para suprir as demandas do setor 

Professora e palestrante posam para foto com o certificado em mãos

Coordenadora dos cursos de Gestão, professora Adriana Fagotte, entrega certificado ao vice-presidente da FIEP, pela participação na Semana Acadêmica da FESP. Foto por Gabrielle Cordovi / Agência de Comunicação ACCIO.

No encerramento das atividades da Semana Acadêmica de Gestão, a FESP teve a honra de receber o palestrante Marcos Dybas da Natividade, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) e fundador da empresa Delta Etiquetas, sendo responsável por apresentar aos acadêmicos os desafios da Indústria.  

Ele comentou que o trabalho desenvolvido na FIEP é totalmente voluntário. Além do cargo que ocupa na indústria, Natividade é representante do Sindicato das Indústrias Gráficas do Paraná (SINDGRAF), na defesa dos interesses do setor.

Dentre os exemplos trazidos pelo palestrante, esteve a inserção do livro didático digital nas escolas do estado de São Paulo, em substituição ao livro físico. Esta medida foi implementada pela Secretaria Estadual de Educação, proposta apresentada pelo secretário Renato Feder. Logo após o anúncio, a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF) interveio para que essa mudança não ocorresse em sala de aula.

Para acompanhar a concorrência de mercado, Natividade fez um levantamento de dados que apontam quantas gráficas estão ativas no estado do Paraná. A pesquisa revela que há, no total, 3.310 gráficas e, destas, 92% se enquadram como pequenas empresas, com até 20 funcionários.

O empresário confessou que dialoga com todos os concorrentes do setor gráfico, como uma forma de manter a política da boa vizinhança. Há uma grande preocupação, segundo Natividade, com a mão de obra especializada e básica. Por conta deste cenário, o SENAI teve a iniciativa de montar 12 cursos específicos para atender as demandas do setor. Ele explica que são cursos rápidos, contando com a supervisão e orientação de funcionários que já atuam na indústria gráfica.  

A ampla bagagem de atuação no mercado, além dos 56 anos de idade, o fez rever algumas atitudes profissionais que teve no decorrer da vida. A principal delas, que serviu de orientação para os jovens, foi o tempo que ele considera ter “perdido”, dedicado a trabalhar em um vínculo de subordinação nas empresas. Com perfil altamente empreendedor, Natividade provocou a reflexão: “Escolham trabalhar por conta o quanto antes. Sofre mais, mas é compensador ter o próprio negócio”.